Empresário, temos acompanhado sobre a dificuldade que as empresas brasileiras estão passando para negociar com os bancos, principalmente com uma crise econômica sem precedentes e de grande dificuldade para todos.
Através dos dados divulgados pelo Banco Central sobre operações de crédito e medidas para ajudar as empresas, não temos percebido um cenário muito positivo.
Tomar alguns cuidados pode fazer a diferença entre, de um lado renegociar sua dívida e conseguir um bom desconto ou condições facilitadas de pagamento, ou, de outro lado, piorar sua situação e colocar o seu patrimônio pessoal e o da sua empresa em risco.
Lembre-se sempre que há um desequilíbrio muito grande de forças a favor do banco.
Normalmente, a primeira proposta de renegociação de dívidas empresariais que o banco faz não é a mais vantajosa para o devedor. Isso é próprio das dinâmicas de negociação.
A sensação de urgência que o banco impõe, até com uma certa pressão para resolver logo a situação, é uma estratégia.
O banco tem pressa porque precisa cumprir as suas metas.
O Banco Central exige que os bancos passem a provisionar parte do valor que está em aberto por inadimplência. Irá ter que passar a contar a dívida como um prejuízo e, por isso, terá que provisionar aquele valor. Assim, não pode mais emprestar aquele dinheiro para outras pessoas.
Outro ponto importante é ter cuidado com as propostas do banco que envolvem a consolidação de várias dívidas.
Cada dívida tem um contrato específico, com os valores envolvidos e as regras de como o banco vai gerenciar aquela operação.
É comum que o banco proponha, com a justificativa de simplificar as coisas, juntar todas as dívidas em um novo contrato.
Através de avaliação mais técnica do novo contrato, é possível descobrir se não existem armadilhas que coloquem o devedor em apuros no futuro, pois a cada nova renegociação, o banco busca melhorar a sua posição com relação ao devedor.
Uma dúvida que surge nas negociações é se é melhor tomar a iniciativa da negociação e procurar o banco ou aguardar receber um contato.
Esperar o contato do banco dá a sensação de que você está ganhando tempo, e isso parece bom.
Mas no caso das dívidas de alto valor, tomar a iniciativa é a melhor alternativa.
Leve em consideração que dificilmente o banco vai demorar para tomar a iniciativa, ainda que o primeiro passo seja apenas uma ligação para cobrar a dívida.
Se as dívidas estão afetando a situação financeira da sua empresa, conte com o nosso apoio para definir quais os caminhos possíveis a serem tomados, o que envolve estimativa de riscos, antecipação dos passos do banco e definir um fluxo de pagamentos viável.